Patologias da Coluna

Esclerose na coluna é grave? Entenda causas e tratamento

Como cirurgião ortopedista especializado em coluna vertebral, posso afirmar que uma das preocupações mais comuns que vejo em meu consultório é quando um paciente me pergunta: “Doutor Aurélio, esclerose na coluna é grave?”

Esta é uma dúvida completamente compreensível, sobretudo quando essa terminologia aparece em laudos de exames de imagem, causando ansiedade e preocupação nos pacientes.

Descubra neste artigo o que significa, quando é motivo de preocupação e como cuidar da sua saúde!

O que é esclerose na coluna?

Esclerose na coluna é um termo usado para descrever o endurecimento ou aumento da densidade óssea na coluna vertebral.

Pode estar relacionada a doenças autoimunes, como a esclerose múltipla, alterações degenerativas, ou até quadros tumorais e metabólicos.

O impacto na saúde depende do tipo e localização da esclerose.

Principais tipos de esclerose na coluna

Os principais tipos que afetam a coluna são:

  • Esclerose múltipla (EM): doença autoimune que pode causar lesões na medula espinhal.
  • Esclerose subcondral: endurecimento do osso logo abaixo da cartilagem articular, comum em artroses.
  • Esclerose óssea: aumento da densidade óssea, que pode aparecer em diversas doenças e pode não ter sintomas.

Causas mais comuns de esclerose na coluna

As causas variam de acordo com o tipo, mas incluem doenças autoimunes, degenerativas, genéticas e tumores. Entre os fatores mais frequentes, destaco:

  • Esclerose múltipla.
  • Osteoartrite.
  • Doença de Paget.
  • Osteopetrose.
  • Fraturas e traumas.
  • Tumores ósseos.
  • Alterações hormonais.

Sintomas de esclerose na coluna

Os sintomas dependem da causa e da localização, mas os principais sintomas descritos são:

  • Dor nas costas ou no pescoço.
  • Formigamento e dormência.
  • Fraqueza muscular.
  • Dificuldade para movimentar as articulações.
  • Espasmos ou rigidez.
  • Perda do controle da bexiga ou intestino em casos mais graves.

Esclerose na coluna é grave?

A gravidade depende da doença de base e do quanto as estruturas da coluna e medula espinhal são afetadas.

Em casos de esclerose múltipla ou tumores, as complicações podem ser sérias, exigindo acompanhamento contínuo.

Já escleroses relacionadas a artroses costumam evoluir lentamente e, quando tratadas, não levam a grandes prejuízos.

Quando a esclerose se torna preocupante

Considero que a esclerose na coluna pode ser mais preocupante quando:

  • Interfere drasticamente na qualidade de vida do paciente.
  • Está associada a dor intensa e limitação funcional significativa.
  • Há progressão rápida dos sintomas.
  • Existe compressão de estruturas nervosas adjacentes.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é feito por ortopedista, neurologista ou reumatologista, com base em exames clínicos e de imagem como radiografia, ressonância magnética e tomografia.

Em alguns casos, exames de sangue ajudam a identificar a causa.

Opções de tratamento

O tratamento é definido conforme a causa, que consiste em:

  • Medicamentos para dor, inflamação e controle dos sintomas.
  • Fisioterapia para melhorar mobilidade e fortalecer musculatura.
  • Tratamento da doença de base (autoimune, metabólica, tumoral, etc.).
  • Em casos graves, pode ser necessário transplante de medula óssea.
  • Reeducação postural e mudanças de hábitos.

Quando procurar um especialista?

Se você sente dores persistentes, fraqueza, formigamento, perda de força ou alterações no controle da bexiga ou intestino, procure um ortopedista ou neurologista.

O diagnóstico precoce faz toda a diferença no resultado do tratamento.

Conclusão

Para concluir, quando um paciente me pergunta se esclerose na coluna é grave, explico que, na maioria dos casos, não se trata de uma condição grave quando adequadamente diagnosticada e tratada.

A combinação de tratamento conservador, mudanças no estilo de vida e, quando necessário, procedimentos minimamente invasivos, permite que a maioria dos pacientes mantenha uma qualidade de vida satisfatória.

O mais importante é não negligenciar os sintomas e buscar avaliação médica especializada ao primeiro sinal de desconforto na coluna.

Com o tratamento adequado, é possível controlar a progressão da doença e manter uma vida ativa e produtiva.

FAQs

Esclerose na coluna sempre é grave?

Nem sempre. Muitas vezes a esclerose é um achado em exames e não traz sintomas graves, mas deve ser investigada para descartar doenças sérias.

Quais exames detectam esclerose na coluna?

Radiografia, ressonância magnética e tomografia computadorizada são os mais usados para identificar alterações na coluna.

O que pode causar esclerose óssea?

Doenças como osteoartrite, tumores, alterações hormonais, traumas, infecções e doenças genéticas.

Esclerose subcondral tem cura?

Não existe cura definitiva, mas o controle dos sintomas e do avanço da doença é possível com fisioterapia, medicamentos e mudanças de hábitos.

Dr. Aurélio Arantes

Especialista em ortopedia de coluna em Goiânia. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Preceptor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do HC-UFG e membro da diretoria da SBOT Goiás.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo
Dr. Aurélio Arantes