Sintomas e Diagnósticos

Laudo de Discopatia Degenerativa: o que significa?

Receber um laudo de discopatia degenerativa gera dúvidas e pode assustar, mas entender a condição é o primeiro passo para cuidar da saúde da coluna.

Veja aqui o que significa, sintomas mais comuns, causas, tratamentos e orientações para viver com menos dor e mais qualidade de vida.

O que é discopatia degenerativa?

Discopatia degenerativa é o desgaste natural dos discos intervertebrais, estruturas que funcionam como amortecedores entre as vértebras.

Com o passar dos anos ou devido a fatores como genética, estilo de vida e lesões, esses discos perdem água e elasticidade, ficando mais frágeis e suscetíveis a lesões.

A condição é comum a partir dos 40 anos, mas pode aparecer antes.

Causas da discopatia degenerativa

O envelhecimento é o principal motivo para o surgimento da discopatia degenerativa.

Porém, outras causas aceleram o processo, como:

  • Sobrepeso.
  • Tabagismo.
  • Hstórico familiar.
  • Má postura.
  • Sedentarismo.
  • Atividades que sobrecarregam a coluna.

Lesões na coluna e doenças inflamatórias também favorecem o desgaste dos discos.

Sintomas mais comuns

A maioria das pessoas sente dor na região afetada (lombar ou cervical), rigidez ao movimentar a coluna e redução da flexibilidade.

Pode haver formigamento, dormência ou fraqueza nos braços ou pernas, dependendo do local do desgaste.

Em quadros avançados, surgem dificuldades para andar e realizar atividades do dia a dia.

Laudo de discopatia degenerativa: como interpretar?

O laudo de discopatia degenerativa geralmente descreve:

  • O local do desgaste (lombar, cervical ou múltiplos níveis).
  • Grau da degeneração (incipiente, moderada ou avançada).
  • Possíveis alterações associadas, como protrusão ou hérnia de disco.

Termos como “difusa”, “multissegmentar” e “incipiente” indicam o quanto a coluna está comprometida e o estágio do problema.

Tratamentos indicados

O tratamento é focado em aliviar a dor, melhorar a mobilidade e evitar a progressão do desgaste.

A fisioterapia é a principal aliada, com exercícios que fortalecem a musculatura e ajudam no alinhamento postural.

Mudanças nos hábitos de vida, como perder peso, adotar posturas corretas e manter-se ativo, também são recomendadas.

Em alguns casos, posso indicar analgésicos, anti-inflamatórios, acupuntura, infiltrações ou, raramente, cirurgia para casos graves.

Quando procurar um especialista?

Se a dor persistir por semanas, houver perda de força, dormência ou dificuldade para andar, procure um ortopedista ou fisioterapeuta especializado em coluna.

O diagnóstico correto e o tratamento individualizado fazem diferença na recuperação.

Como prevenir a discopatia degenerativa?

Adotar uma rotina de exercícios físicos, manter o peso adequado, evitar fumar, cuidar da postura e alongar-se com frequência ajudam a proteger os discos e preservar a saúde da coluna ao longo dos anos.

Direitos previdenciários e questões legais

Pacientes com discopatia avançada enquadrada no CID M51 podem ter direito a auxílio-doença ou até aposentadoria por invalidez, avaliados caso a caso pelo INSS.

É fundamental apresentar laudos detalhados, relatórios de incapacidade funcional e provas de tratamento adequado. Sempre oriento buscar avaliação jurídica especializada para garantir direitos.

Conclusão

O laudo de discopatia degenerativa não deve ser visto como sentença, mas como uma valiosa fotografia do estado atual da coluna.

Quando traduzimos o exame em linguagem clara, unimos ciência, empatia e participação ativa do paciente, alcançando resultados surpreendentes em alívio da dor e manutenção da mobilidade.

Se você ou alguém próximo recebeu esse diagnóstico, agende sua consulta para obter uma orientação especializada!

FAQs

Discopatia degenerativa tem cura?

Não tem cura definitiva, mas é possível controlar os sintomas e ter qualidade de vida com tratamento adequado.

Discopatia degenerativa pode virar hérnia de disco?

O desgaste dos discos aumenta o risco de hérnia, mas nem toda discopatia evolui para essa condição.

Fisioterapia é obrigatória no tratamento?

É o principal recurso para alívio da dor e melhora da função, sendo indicada para quase todos os casos.

Quando a cirurgia é recomendada?

Cirurgia só é considerada quando há sintomas graves, como compressão de nervos ou perda de função, e não há resposta ao tratamento conservador.

Dr. Aurélio Arantes

Especialista em ortopedia de coluna em Goiânia. Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Preceptor do Departamento de Ortopedia e Traumatologia do HC-UFG e membro da diretoria da SBOT Goiás.

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Dr. Aurélio Arantes